segunda-feira, 27 de junho de 2011

Legislativo x Executivo: quem ganha na batalha contra o crime?

Embora não tenha postado há algum tempo tenho acompanhado as estatísticas do blog e visto que infelizmente o número de leitores cresce. Obviamente por um lado isto é bom por perceber que mais e mais pessoas parecem se importar com a questão, por outro fica claro que além de vivermos no país onde muito se paga e pouco se recebe, ainda temos que nos preocupar em voltar vivos para casa.

O fato de eu não ter escrito nada há algum tempo é que eu esperava conseguir dar alguma boa notícia, meu sonho era dizer: "Não há mais homicídios no Brasil"; "Não existem mais assaltos com arma de fogo". Para meu desencanto não tenho visto nada de muito promissor sendo discutido na Camâra dos Deputados sobre Segurança Pública, parece que eles preferem discutir o mercado ilegal de cigarros. Você fuma? Eu parei faz tempo.

Semana passada também muito se falou nos multirões para se liberarem presos e na proposta para apresentar os presos ao juiz em até 24 horas. Não sou contra direitos humanos e realmente gostaria de ter esses direitos se um dia eu cometesse um crime, agora aumentar pena para crimes hediondos; construir mais presídios; acabar com saída disso e daquilo; aumentar o monitoramento eletrônico; etc; ninguém fala e quanda fala nem para o papel vai.

Nesta segunda o Estado de São Paulo mais uma vez divulgou suas estatísticas policiais como exemplo na redução da criminalidade. Para suportar os dados, estava andando pela rua no feriado, quinta-feira, e nunca vi tanta polícia na rua com barreiras e tudo. Não sei se realmente resolveram trabalhar ou alguma coisa tinha acontecido. O que me assusta é saber que se com todas essas melhorias em São Paulo onde já morreram quase 1.800 pessoas assassinadas este ano como estarão indo os outros Estados na questão de Segurança Pública que não dispõe de tantos recursos? Sem cooperação dentro do Governo em outras esferas, principalmente a legislativa, cabe a nós esperar a nossa vez nas estatísticas.