quarta-feira, 25 de maio de 2011

Política, Violência e Segurança Pública: um retrato de Alagoas, o Estado mais violento do Brasil

O Brasil é um dos poucos países onde a página policial existe e muitas vezes suas notícias viram a manchete do dia. Infelizmente muitas vezes as notícias simplesmente descrevem fatos policiais e nossa atitude é dizer: mais um que morreu, foi assaltado, estuprada, um caixa explodido, etc.

Nestas últimas semanas não tem sido diferente com a prisão de Pimenta Neves e o assassinato de um estudante na USP. Ambos os crimes só servem para reforçar a falta de políticas sérias.

Estava lendo uma matéria bastante interessante publicada pelo Estadão em sua revista eletrônica Piauí, e não poderia deixar de dividi-la:

http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-56/questoes-de-seguranca-publica/engolfado-pela-violencia

A matéria olha o tema da violência em um dos Estados líderes em homícidios no país sob diferentes pontos de vista. Embora não apresente um plano para solucionar o problema, a mesma reforça pontos que também concordo e me impressiono que um país onde tanta riqueza é gerada esteja ainda tão longe de países igualmente ricos porém muito mais individados onde o desemprego rola solto.

Questões sobre a falta de engajamento da sociedade no tema; o tráfico de drogas; falta de informações em tempo real; a falta de especialistas em segurança; o foco mais economico do que social de muitos; são todos itens levantados e que persitem no país há anos.

Muito bem colocada pela professora Ruth Vasconcelos quando comenta da falta de participação da sociedade neste processo está a frase: "Colocar muro mais alto, andar com arma, carros blindados e cercas eletrônicas, tudo isso é imaginar que a violência pode ser resolvida de modo individual.”

Ambos os casos recentemente ocorridos em São Paulo dão claros indícios que continuaremos sendo um país onde muito se gera, pouco se recebe e nunca se pune: no primeiro caso as chances do réu cumprir a pena em sua totalidade são mínimas, no segundo não achamos um culpado e toda discussão gira em torno de políticas que defendem o campus e aumentam os muros. Até quando vamos permitir que 1% da população controlem nossas vidas?

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