Em alguns países se caçam animais, no Brasil se caçam estudantes

Desde o último dia 23/02 quando dois estudantes da FGV que estavam em um bar perto da faculdade receberam tiram de dois indivíduos que saíram de uma moto, vários outros crimes do tipo aconteceram tanto em zonas mais nobres quanto nas menos nobres da capital. Enquanto em alguns países se caçam animais, num dos países com maior crescimento econômico mundial caçam-se aqueles que um dia serão o futuro da nação.

Na maioria destes crimes pode-se identificar os suspeitos pelas camêras que filmaram o crime. Isso só foi possível por iniciativa da própria população que com o aumento da violência nos últimos anos resolveu fazer alguma coisa já que o Estado pouco fez. Melhoras nos índices de homicídios a parte, o Brasil continua sendo o lugar em que primeiro se mata e depois se investiga. Os 8 milhões de armas ilegais continuam aí nas mãos dos bandidos, menores homicídas continuam sendo liberados aos 21, indulto disso e daquilo continuam aí e toda a palhaçada continua.

Já nos acostumamos a chorar pelas vitímas e falar que assim não dá. Não dá mesmo e procurando mais pelo que está sendo feito não achei quase nada. A única coisa que achei foi uma proposta do Senador Magno Malta que está tentando aprovar a diminuição da maioridade penal e o cumprimento total das penas. Alguns já dizem que ele nunca vai conseguir, eu sinceramente espero que consiga.

Infelizmente prender e deixar 8 milhões de armas por aí não vai resolver muito o problema. Enquanto não puserem polícia ou o exército (alías prá que servem as Forças Armadas nesse país???) para buscar armas ilegais por aí o sangue continuará jorrando. Alguns acham que isso não é certo pois tirará as armas das mãos das pessoas honestas. Sinceramente, raras vezes li sobre um civil que matou um bandido, o contrário já ouvi inúmeras.

Passei o dia de ontem escrevendo para alguns políticos e pedi seus planos e dei sugestões. Não sei se vão ler o que escrevi mas pelo menos me senti mais últil do que assistir ao Datena e comentar que é tudo um absurdo. Algumas pessoas estão bem próximas aos políticos e podiam se esforçar um pouco mais para influência-los. Ser cidadão não é só votar por obrigação de vez em quando.